NF-e Nacional pode ter nova versão em breve
Publicado em 27 de junho de 2025
Brasil | Tribuna de MinasA partir de 2026, o Brasil dará um passo decisivo rumo à unificação do sistema de emissão de notas fiscais eletrônicas. A chamada NF-e Nacional substituirá, de forma progressiva, os atuais sistemas estaduais utilizados por empresas, microempreendedores individuais (MEIs) e demais contribuintes em todo o território nacional.
O novo modelo já começa a ser testado em julho de 2025 e promete transformar a rotina fiscal de milhões de negócios. Por isso, especialistas alertam: é fundamental que empresários e MEIs fiquem atentos às adaptações necessárias para evitar problemas quando a mudança entrar em vigor.
NF-e Nacional pode ter nova versão em breve
A NF-e Nacional surge como uma resposta direta ao projeto de simplificação tributária em andamento no país, impulsionado pela Reforma Tributária aprovada em 2024.
Trata-se de um modelo que unifica os processos de emissão das Notas Fiscais Eletrônicas, acabando com as plataformas separadas que, até então, eram gerenciadas por cada estado.
Além de simplificar, o novo sistema já vem estruturado para atender às obrigações fiscais que farão parte do futuro cenário tributário brasileiro.
Uma das principais transformações da NF-e será a inclusão de campos específicos para dois novos tributos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Esses impostos vão substituir gradualmente encargos como PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI. A proposta é que, com essa reformulação, a arrecadação se torne mais clara e eficiente, tanto para o governo quanto para as empresas, que poderão contar com regras mais padronizadas em todo o país.
Quem serão os afetados pelas mudanças na NF-e?
As mudanças atingem diretamente qualquer empresa que hoje emite a Nota Fiscal Eletrônica modelo 55, voltada para produtos, e a Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica, modelo 65, usada em vendas diretas ao consumidor.
Isso engloba desde grandes corporações até pequenos negócios, incluindo MEIs que atuam com comércio e indústria. A transição, no entanto, não será imediata.
Durante um período que se estenderá até 2033, os dois modelos de NF-e — o atual e o nacional — funcionarão simultaneamente, exigindo que as empresas operem em ambos os formatos.
O grande desafio está na preparação. Ajustes nos sistemas de gestão, mudanças nos cálculos tributários e treinamento das equipes serão indispensáveis.
A Receita Federal já sinalizou que quem não se adequar corre risco de enfrentar penalidades, além de enfrentar possíveis falhas na emissão de documentos fiscais.